13/04/2013

5º dia (13/04/13 ) - Puente de La Reina X Villamayor de Monjardim

Resumo da Etapa



Pose em frente ao campo "amarelo' tão constante no Caminho
Ontem nosso grupo se separou... ao chegar em Puente de La Reina, já estava no limite de minha caminhada...  tenho tido fortes lembretes de meus tornozelos quanto a respeitar meu limite diário, e assim  fiquei nesse dia, parando em frente ao primeiro albergue que encontrei pois estava bem cansado... Jennifer e Yvonne me disseram algo que não  consegui entender direito mas depois percebi que se tratava de caminhar um pouco mais. O relógio já marcava quase 3:00, da tarde muito ensolarada por sinal... como eu  não  tinha mais forças e resolvi parar por ali mesmo... (sábia decisão).

Convento e Albergue Padres Reparadores
Bem no Caminho isso é comum... conhecemos e alguns passos depois, nunca mais encontramos...  más ao mesmo tempo, nunca estamos sozinhos, pois vários peregrinos sempre irão estar a frente,  atrás ou ao seu lado...  estranho más caminhar sozinho foi necessário para sentir como é...  Bem,  a primeira constatação é que o ser humano não consegue viver sozinho...  sempre estamos disponíveis para aquele que se aproxima e inicia uma conversa, seja ele Alemão,  Americano ou qualquer outra coisa a conversa acaba acontecendo de qualquer forma e graças a essa "pausa" como disse anteriormente conheci Ramón e Cher, que também fizeram parte desse caminho.

1º Paella
Conheci Puente de La Reina (algumas ruas por entre esse antigo vilarejo), encarei minha primeira Paella na Espanha (delícia), lavei roupa e descansei bem aproveitei e demorei a pegar no sono (muitas dores pelo corpo), o dia seguinte seria o primeiro sozinho, sem mapa,  guia, uma experiência nova. Assim foi,  caminhei dia todo sozinho pela estrada, campos   foram quase 34km,  em terreno muito sinuoso,  e  ondulado.


 

Escolhi o albergue dos PADRES REPARADORES, um albergue municipal e bem grande. Os aposentos eram para mais de 50 pessoas, mas arejado e limpo, quanto ao ponto forte, destaco a DUCHA... literalmente digna de quem caminhou por mais de oito horas... e foi nela mesmo que lavei parte da roupa que precisava (era minha primeira vez, e até que me saí bem), o duro foi ter que fazer lembretes para não esquecê-las no varal, pois este era no fundo do albergue.

A saída de Puente de La Reina foi diferente, pela primeira vez sozinho sem ter que esperar ninguém... tive mais tempo para parar e apreciar as fotos desse famoso ícone do caminho tb, que aqui merece ser visto em tamanho maior.


Puente de La Reina

Caminhando Sozinho

Caminhando passei em frente a uma loja e comprei o suficiente para um lanche, e ao sair de Estella parei para este quase "almoço", na sequência (sem guia), já me deparei  com a Fonte do vinho,  em Irache (outro ícone do Caminho) ... estando por lá e quase sem condições de me fotografar,  chegam dois alemães...  ufa,  sessão de fotos na fonte do Vinho  foi salva...

 

Fuente del Vino - Bodega Irache


O nome já diz tudo...

Reencontro com o amigos

Caminhei pela tarde toda sozinho,  quase ao final do dia,  ao cruzar uma das  intermináveis curvas,  me deparei com os quatro companheiros novamente rindo em ritmo intenso... acredito que também aproveitaram a fonte de vinho. Uma sensação muito boa juntarmos novamente o grupo, quando estamos próximos a quem conhecemos nos sentimos mais seguros... 

Seguimos até Villamayor de Monjardin ,  onde ficamos em um albergue de uma família holandesa (Albergue Hogar Monjardin - albergue-hogar-monjardin....)  muito legal mas não em tempo de aproveitar o jantar, e tivemos que improvisar tendo como vista a feia vista do terraço do albergue.


Albergue Hogar em Villamayor de Monjardim


Panorâmica do terraço do albergue

Vista da janela de nosso restaurante nesse dia
 Estou chegando a conclusão que albergues menores são mais acolhedores que os municipais,  que lindam com a massa de peregrinos. Bem,  fiquei contente em ter encontrado novamente meus amigos no Caminho apesar, de nunca de fato conseguir estar sozinho, sentimos falta daqueles que mais nos identificamos, já é difícil ao se somar a saudade de todos em casa pois nunca me ausentei tanto "presencialmente" deles, más me sinto estamos juntos em pensamentos.

Amanhã partiremos tendo como expectativa andar mais de 25Km, vamos ver até onde conseguiremos chegar...


A beleza, está em todos os lugares

Cada Villa com sua Igreja

Construções majestosas surgem aos nossos olhos.















2 comentários:

  1. "Bem, a primeira constatação é que o ser humano não consegue viver sozinho... sempre estamos disponíveis para aquele que se aproxima e inicia uma conversa, seja ele Alemão, Americano ou qualquer outra coisa a conversa acaba acontecendo de qualquer forma."

    Bela reflexão amigo Peregrino!


    Sim, os Albergues menores e privados são os melhores e nem sempre são mais caros.


    Se for possível, dentro da sua programação, durma en Grañon.

    O Albergue fica dentro da Igreja San Juan Bautista e, apesar de muito simples ( dorme-se num tatame no chão) o astral muito bom, há uma cerimônia privada ecumencia muito interessante dentro de un lugar dentro da igreja, enfim, é fantástico.

    Além de tudo ele oferece jantar e café da manhã, tudo comunitário, todo mundo participa e é gratuito.

    No final, na saída você doa aquilo que puder ou desejar.


    Fica a dica.

    Ultreya at suseya.

    Bom Caminho!

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  2. Acompanhamos com alegria e pensamento positivo, e como enche o coração ver esse sinal em suas mãos , ora pescoço de brasileiro . Abraços Simone

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